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O suicídio é uma das maiores causas de morte no mundo, principalmente entre a população jovem, o que o torna um problema de saúde pública. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que cerca de 800 mil pessoas se suicidam por ano em todo o mundo e que o Brasil é o 8º país com a maior taxa de suicídios, sendo que a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio e a cada três segundos uma pessoa atenta contra a própria vida. Para cada suicídio sucedido, há pelo menos 20 tentativas fracassadas.
A Campanha Setembro Amarelo é um movimento mundial incentivado pela Associação Internacional para Prevenção do Suicídio (IASP) que tem como objetivo a prevenção ao suicídio e a defesa da vida. Nela busca-se a sensibilização da sociedade, que pode contribuir para reduzir os trágicos números da mortalidade por suicídio, principalmente devido ao fato de algumas pessoas o considerarem como tabu, terem preconceito ou mesmo por acreditarem que as pessoas que o planejam só estão querendo chamar atenção e não pretendem acabar com suas vidas. A campanha é feita em setembro, mas as ações devem ser contínuas.
O comportamento suicida está associado com a impossibilidade do indivíduo identificar alternativas para a solução de seus conflitos, optando pela morte como resposta de fuga da situação estressante. Alguns fatores contribuem com o risco de suicídio: depressão, envolvimento com drogas, problemas familiares, fatores sociais como o bullying, falta de amigos, insegurança, baixa autoestima, problemas socioeconômicos e aumento das dívidas.
A maioria das pessoas que planejam o suicídio muda seu comportamento ou dá pistas e sinais de aviso antes de praticá-lo: tornam-se depressivas (apresenta uma grande tristeza, desesperança, pessimismo e choram muito); falam muito sobre a morte, suicídio ou que não tem mais razões para viver, além da possibilidade de utilizarem expressões, como: "Não aguento mais"; "Já não importa"; "Eu preferiria estar morto"; "Eu sou um perdedor e um peso para os outros"; "Os outros serão mais felizes sem mim". Algumas pessoas podem fazer "preparativos para a morte" como: pôr os assuntos em ordem; desfazer-se de objetos ou bens pessoais valiosos; fazer despedidas ou dizer adeus como se não voltasse a ser visto; aumentar o consumo de álcool, droga ou fármacos; afastar-se das pessoas, ter insônia recorrente, falta de apetite, e sentir dificuldades de relacionamento e de integração na família ou nos grupos.
Ao identificar o risco em uma pessoa que está planejando o suicídio, a primeira coisa a fazer para ajudar é saber ouvir. Ouvir com atenção, não só os fatos, mas a dor, medos e ansiedades. Não julgar, nem dar conselhos ou opiniões, reconhecer o sofrimento pelo qual a pessoa está passando, valorizar o que ela diz e demonstrar que está disponível para ajudar. Demonstrar empatia, procurando compreender as coisas não do seu ponto de vista, mas segundo o ponto de vista do outro.
Em Alfenas, é possível procurar ajuda nas Unidades Básicas de Saúde, nas Unidades da Estratégia de Saúde da Família e no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) localizado na rua: João Caetano Saraiva, número 512. De casa é possível conseguir ajuda pelo Centro de Valorização da Vida, que atende gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por meio do telefone (141), e-mail, Skype e chat pelo site http://www.cvv.org.br.
A Universidade Federal de Alfenas aderiu a Campanha Setembro Amarelo. No dia 10/09, sábado, ocorrerá um evento na praça Fausto Monteiro "antiga rodoviária", onde diversos projetos de saúde mental, de entretenimento e de terapias farão uma mobilização e um momento de interação com a população alfenense, ressaltando a importância de cuidar da saúde mental. Na segunda-feira, dia 12/09, será realizado uma mobilização no Hall do prédio V, localizado na sede, voltado à população estudantil, que precisa conhecer os riscos que a depressão apresenta e disseminar a importância da prevenção ao suicídio e da valorização da vida.
Colaboraram: Escola de Enfermagem da UNIFAL-MG, Projeto Comunicação e Informação em Enfermagem e Saúde, Grupo PET Enfermagem, Profa. Simone Albino da Silva, Profa. Érika de Cássia Lopes Chaves, Ministério da Saúde, Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).