UNIFAL-MG promove I Simpósio Mineiro de Geografia

Reunindo profissionais da área de Geografia de todo estado de Minas Gerais, a UNIFAL-MG abriu na noite desta segunda-feira, 26/05, o I Simpósio Mineiro de Geografia.

Com o tema “Das Diversidades à Articulação Geográfica”, a solenidade de abertura do evento aconteceu no auditório Dr. João Leão de Faria e contou com a presença da vice-reitora, Profa. Magali Benjamim de Araújo; da representante da Pró-Reitoria de Graduação, a servidora Vanja Myra Barroso Vieira da Silveira; do diretor do Instituto de Ciências da Natureza (ICN), Prof. Ronaldo Luiz Mincato; dos coordenadores do curso de Geografia, Prof. Paulo Henrique de Souza (Bacharelado) e Prof. Flamarion Dutra Alves (Licenciatura); do chefe de gabinete da Secretaria de Educação e Cultura, Sr. Reinaldo Zerbini Junior e do coordenador do Simpósio, Prof. Clibson Alves dos Santos.

A vice-reitora parabenizou à Comissão Organizadora, manifestando satisfação pela realização do Simpósio na UNIFAL-MG e direcionando-se aos alunos, disse: “Que durante essa semana vocês possam fazer um bom trabalho e que os assuntos que forem discutidos sejam temas bastante importantes para a vida de cada um de vocês, que hoje estão aqui na qualidade de alunos e, que, futuramente, serão profissionais nas mais diversas áreas do conhecimento da Geografia”.

Em nome da Pró-Reitoria de Graduação, a servidora Vanja agradeceu o Instituto de Ciências da Natureza, em especial aos coordenadores do curso de Geografia, Prof. Paulo Henrique e Prof. Flamarion, pelo trabalho que vêm desempenhando a fim de elevar o nível dos cursos de graduação da Instituição. “Este primeiro Simpósio Mineiro de Geografia, vem consolidar a área, e coloca todos os alunos em situação privilegiada, podendo discutir a Geografia, juntamente com os coordenadores de cursos de Graduação e Pós-Graduação. Que essa semana seja muito proveitosa. A Pró-Reitoria de Graduação está aberta a todos para o que precisarem”, ressaltou.

O evento foi idealizado com o objetivo de promover um debate para o fortalecimento da Ciência Geográfica no estado de Minas Gerais por meio da articulação entre os cursos em nível de Graduação e Pós-Graduação. “Eu acho que esse evento vem reforçar a importância do reconhecimento da Geografia e a importância desse reconhecimento na sociedade, inclusive para motivar os alunos”, disse o diretor do ICN, durante a cerimônia.

Prof. Ronaldo também falou sobre a oportunidade da troca de experiências que será proporcionada pelo I Fórum de Coordenadores de curso de Graduação e Pós-Graduação em Geografia, durante o Simpósio, com a finalidade de promover a discussão sobre a periodicidade desse evento e debater formas de viabilizar parcerias na área de ensino, pesquisa e extensão, buscando fortalecer a Ciência Geográfica nos diversos contextos locais, regionais e estadual.

O diretor do ICN cumprimentou a Comissão Organizadora e mencionou ainda, os 190 trabalhos inscritos nesta primeira edição do Simpósio, destacando que este número representa 10% do que está sendo publicado no 47º Congresso Brasileiro de Geografia que acontecerá em Salvador, no mês de setembro, o qual envolve não apenas profissionais do Brasil como de outros países da América Latina.

Fazendo uso da palavra, Prof. Clibson aproveitou o momento para falar sobre a proposta do Simpósio, explicando que a discussão partiu do impacto que as jornadas científicas do curso causavam internamente para os alunos da área, que começaram a ganhar espaço também após a graduação, no mercado de trabalho, nos cursos de pós-graduação em outras universidades e até em concursos públicos. “A gente viu que estava tendo uma boa repercussão do curso aqui da UNIFAL-MG em outras universidades e começou a discutir a possibilidade de reunir os cursos de Geografia do Sul e Sudoeste de Minas e, obviamente, atingindo uma parte do estado de São Paulo, onde há muitos de nossos alunos fazendo mestrado e até doutorado”, comentou.

De acordo com o coordenador do evento, a partir dessas discussões entre os professores do curso, o Prof. Flamarion propôs o desafio de realizar um evento estadual.  

Após as falas dos componentes da mesa, os participantes prestigiaram a apresentação do grupo vocal Madrigal Renascentista e em seguida, iniciou-se a conferência da noite que foi sobre o tema “Diversidade e Identidade Nacional do (no) Brasil” com o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Ruy Moreira.

“Temos uma identidade? Não temos? Em que ela consiste?”

Em conversa com a Assessoria de Comunicação Social, Prof. Ruy Moreira explicou o tema proposto para a conferência de abertura do I Simpósio Mineiro de Geografia.  “O cerne da questão é o momento, essa movimentação que a juventude fez no ano passado e diz que vai continuar fazendo e que as autoridades sem entender absolutamente nada, acham que é uma manifestação contra a Copa”, resumiu.

De acordo com o conferencista, ninguém gosta mais de futebol do que os brasileiros e os jovens não são contra a realização da Copa. “A juventude está querendo dizer que há prioridades outras, podia-se fazer a Copa de uma forma mais modesta, aproveitando-se esse dinheiro todo gasto em estádios suntuosos para coisas mais importantes, porém, principais para a vida de um povo: a educação, a saúde, entre outras", afirmou.

Para Prof. Ruy as autoridades não entenderam a razão das manifestações. “Elas não entendem o Brasil porque o Brasil não tem uma identidade muito clara. Ela é muito confundida com o passado nosso, de país que não teve oportunidade de olhar para dentro de si, direito. E a juventude já por várias vezes diz isso em cada tempo, de um modo e de uma forma diferente, o Renato Russo já dizia isso ‘que país é esse, que país é esse’”, salientou o professor que ainda acrescenta: “Temos uma identidade? Não temos? Em que ela consiste? É por onde a Geografia brasileira hoje transita muito, ela está cada vez mais voltada para entender o país”.

Sobre a iniciativa da Universidade realizar o I Simpósio Mineiro de Geografia, Prof. Ruy afirmou ser positiva por abrir espaço para debates com a juventude. “A UNIFAL-MG está desperta para essas questões, e as universidades brasileiras precisam estar não só junto da juventude, mas debatendo com ela porque é a função da universidade não só ouvir a juventude, mas dizer para ela o que tem para dizer. E a universidade somos nós, os professores, os pesquisadores, os estudantes, os funcionários, que vivemos este país, mas às vezes esquecemos disso”, destacou.

As atividades do evento irão até a próxima sexta-feira, dia 30/05, com uma programação que envolve cursos, minicursos, oficinas, apresentações de trabalhos, palestras e a realização dos fóruns temáticos, com a participação de profissionais da área da UNIFAL-MG e outras universidades brasileiras.

Mais informações podem ser obtidas, na página do evento: http://www.unifal-mg.edu.br/simgeo/

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