UNIFAL-MG sedia II Encontro de Problemas Inversos

Versão para impressãoEnviar por email

Evento reuniu alunos e professores de Química da instituição, e também da UFMG e UFV

Nos dias 10 e 11/08/2012, a UNIFAL-MG recebeu pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e da Universidade Federal de Viçosa – UFV, que vieram participar do II Encontro de Problemas Inversos.

Os docentes do Instituto de Química da universidade, Luciano Sindra Virtuoso e Nelson Henrique Teixeira Lemes, que coordenam o Grupo de Pesquisa em Química de Coloides, foram os anfitriões da segunda edição do encontro, que teve início na UFV em 2010.

Reunindo grupos de pesquisa formados por estudantes da graduação e da pós-graduação das três instituições, o evento buscou discutir os caminhos da área de Problemas Inversos nos próximos 10 anos, estimulando o intercâmbio de experiências e informações entre o ensino e pesquisa.

O Prof. João Pedro Braga da UFMG, abriu a programação, falando sobre o tema “A história de um livro de Termodinâmica Estatística”, seguido pelo Prof. Emílio Borges da UFV, que ministrou o seminário: “Determinação de parâmetros cinéticos e termodinâmicos para reações de desnaturação enzimática por novos compostos inorgânicos utilizando a teoria de problemas inversos mal colocados”.

Também outros participantes apresentaram o resultado de pesquisas na área, propiciando o debate e a troca de experiências em assuntos que envolveram otimização de parâmetros fundamentais a partir do tratamento direto de dados experimentais de cinética, termodinâmica, espalhamento, propriedades de transporte, entre outros.

De acordo com o Prof. João Pedro, problemas inversos são aqueles em que a resolução é determinar as causas desconhecidas a partir dos resultados. “Se você jogar uma pedra, você sabe onde vai cair lá na frente. Este é o problema direto. Eu posso te fazer a pergunta da seguinte maneira: a pedra caiu aqui e de onde ela veio? Se você inverter você tem um problema com mais de uma opção”, exemplifica o idealizador dos grupos de pesquisa, que também foi orientador de doutorado da maioria dos participantes das três universidades.

A relevância do tema também é ressaltada pela professora Rita de Cássia Oliveira Sebastião da UFMG: “Essa é a diferença principal da colaboração com o experimental. Porque senão, seria um problema puramente matemático. O químico tem condições e conhecimento para escolher qual é a solução, dentre essas várias, a mais adequada para resolver o problema em questão.”

Os trabalhos científicos desenvolvidos pelos pesquisadores dos grupos de estudo sobre problemas inversos, já renderam 60 artigos internacionais, 7 dissertações de mestrado e 8 teses de doutorado, além de levar 4 professores a compor o quadro de docentes de universidades federais.

Os encontros foram propostos há dois anos, pelo professor Edilton de Souza Barcellos da UFV, que percebeu a necessidade de reunir os grupos e pessoas interessadas em fazer revisões acerca do tema, e definir perspectivas futuras. “A gente começou a achar que era importante montar encontros para poder reunir pessoas interessadas em uma área que é bastante sedutora”, comentou.

Hoje, 18 pessoas, entre alunos e professores destas universidades de Minas Gerais, participam do grupo que é o único do Brasil com a proposta de debater especialmente, problemas inversos.

“Imagina o meu orgulho em ter iniciado o grupo e quantas vidas eu mudei por causa do conhecimento”, destaca Prof. João Pedro da UFMG. “As pessoas vêm aqui para buscar conhecimento, trocar ideias e informações. Isso que eu acho gratificante. As pessoas estão atrás de um objetivo que é aprender”, conclui.

Galeria

Por: Ana Carolina Araújo
Jornalista da Assessoria de Comunicação Social
Universidade Federal de Alfenas