Apoio à pesquisa

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Apoio à pesquisa

PAULO MÁRCIO DE FARIA E SILVA

Reitor da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), presidente do Fórum de Instituições Públicas de

Ensino Superior de Minas Gerais (Foripes-MG)

Parece não haver mais dúvidas sobre o papel central que a ciência e a tecnologia ocupam no desenvolvimento socioeconômico das nações. As descobertas e inovações tecnológicas têm revolucionado nosso modo de viver e podemos mesmo dizer que, graças aos avanços do conhecimento, vivemos hoje mais e melhor. No Brasil, a maior parte da produção de conhecimento é realizada nas universidades, com destaque para as instituições públicas. No ano em que celebramos os 25 anos da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), é necessário destacar a enorme contribuição que essa formidável agência tem dado às instituições de ensino superior de Minas, em especial às instituições públicas. Com o apoio do governo federal e do governo do estado, por meio da Fapemig, nós mineiros podemos nos orgulhar por vermos nossas universidades públicas figurarem entre as melhores do país. "Minas tem 10 das 25 melhores universidades do país", publicou o Estado de Minas (Gerais, 1/9/2009). Temos, portanto, muito a comemorar e muito do que nos orgulhar.

Apenas em 2010, a Fapemig lançou 25 editais visando o financiamento das atividades de pesquisa. Destacamos aqui importantes programas: o Bolsa de Iniciacão Científica (BIC) e o BIC Júnior, que produzem resultados extraordinários no ensino de graduação, preparando a futura geração de cientistas; o Apoio aos Programas Pós-graduação (PAPG), com 1.128 bolsas em cursos de mestrado e doutorado, que tem permitido a consolidação da pós-graduação em Minas (saltamos de 273 cursos em 2004 para 430 em 2010); o Programa Mineiro de Capacitação Docente (PMCD), que visa a promover a melhoria das atividades de ensino, pesquisa e extensão nas IES públicas e confessionais de Minas Gerais; o Programa Primeiros Projetos (PPP) e o Programa de Apoio a Núcleos Emergentes (PRONEM), voltados para jovens doutores, estimulando sua inserção na pesquisa científica qualificada; e o Programa Pesquisador Mineiro (PPM), que tem como principal objetivo apoiar as melhores propostas coordenadas por pesquisadores ou tecnólogos de reconhecida liderança na sua área. Esses e muitos outros programas e ações têm sido fundamentais para que as IPES possam cumprir muito bem o seu papel de formar recursos humanos qualificados e ser, ao mesmo tempo, centros de produção de novos conhecimentos.

Esses novos conhecimentos, combinados com a forte política de inovação conduzida pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, por meio do Sistema Mineiro de Inovação (SIMI), também financiado pela Fapemig, constituem, certamente, o alicerce principal do desenvolvimento social e econômico de Minas nos anos vindouros. Até recentemente, Minas vivia sob ameaça constante de uma verdadeira fuga de cérebros para outros estados e países, em função de condições insuficientes para incentivar seus pesquisadores à carreira científica. Hoje, felizmente, a realidade é outra: estamos atraindo pesquisadores, fixando doutores em nossas IPES. Essa transformação, que certamente será reconhecida pelas gerações futuras, e que tem o poder de fazer de Minas um dos mais importantes centros de produção de conhecimento no país e no mundo, tem a marca indelével da Fapemig. Queremos pois, externar nossa mais profunda gratidão à Fapemig por todo o apoio recebido ao longo destes 25 anos.

 * Fonte: Jornal Estado de Minas, publicado em 13 de setembro de 2011.