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Atenta à necessidade de discutir o mosquito Aedes Aegypti e as doenças causadas pelo mesmo, a equipe do programa de extensão CasaCiência desenvolveu sua primeira ação de 2016 em Alfenas. As atividades foram realizadas nos dias 02 e 03/04, em frente à concha acústica na Praça Getúlio Vargas e no Centro Vivencial na Praça Emílio da Silveira.
Em forma de feira de ciências, as atividades foram elaboradas pelos 12 bolsistas de extensão e nove voluntários, sob a coordenação das professoras Márcia Cordeiro, do Instituto de Química e Cátia Quilles Queiroz, do Instituto de Ciências Exatas.
Conforme conta Profa. Márcia, o planejamento da ação incluiu vários estandes nos quais foram apresentados, por exemplo, experimentos de produção de repelentes naturais e caseiros, e comparação entre repelentes comerciais e caseiros. “Nesse espaço, discutiu-se o princípio de funcionamento dos repelentes, como estes atuam junto ao mosquito e disponibilizadas receitas de repelentes naturais como paliativos na prevenção da doença”, explicou.
Além desses experimentos, também foram mostrados aqueles voltados para métodos de extração de óleos essenciais comumente utilizados no controle dos mosquitos; feita uma abordagem da extração, composição química, diferenças e odores dos óleos essenciais comuns ao nosso dia a dia, como óleo de cravo e de eucalipto; desmistificação de ações equivocadas, envolvendo mitos; discussão dos dados relativos à doença e modelagem matemática da progressão da epidemia; quiz com perguntas e respostas sobre a temática para as crianças, e ainda, discussão sobre o ciclo de vida do mosquito, como o tempo de incubação, diferenças entre os sintomas das doenças Zika, Chikungunya e Dengue. “Nesta área, disponibilizamos para acesso, algumas fases do ciclo de vida do mosquito em lupa, quando foi possível analisar o mosquito e a pupa em lupa, do mais jovem ao mais idoso, comparando seu tamanho real aos detalhes que a visualização pelo equipamento permite”, destacou.
Segundo a professora, a equipe buscou utilizar outras formas de linguagem, como a discussão e o contraponto das concepções, bem como promover a possibilidade de visualizar tanto o vetor, quanto as áreas afetadas, para sensibilizar a população. “Me questiono se a abordagem junto à população tem sido efetiva, pois apesar de se envidar esforços para isso, a incidência das doenças tem sido cada vez maior. Desta forma, nos preocupamos a todo o momento em passar a ideia de que repelentes, por exemplo, são paliativos, e que a melhor solução é não deixar o mosquito nascer”, contou.
Mais de 300 pessoas passaram pelos estandes do programa CasaCiência durante os dois dias de atividades. “Vejo cada vez mais premente estabelecer contato com nossa sociedade. Mas neste contato precisamos, além de nossas bocas, abrir também nossos ouvidos, permitindo assim a troca de conhecimento entre todos. É necessário mudar a linguagem, a abordagem e inovar nosso discurso para nos aproximar dos nossos parceiros, possibilitando a formação de ambos. É imperativo: precisamos mudar a visão da nossa extensão universitária”, observa Profa. Márcia.
Comentando sobre o resultado da ação, Profa. Márcia testemunha a enriquecedora troca de experiências entre os alunos e a população. “Em nossas imagens, vemos senhores e senhoras observando uma lupa pela primeira vez na vida. Pessoas aparentemente simples, humildes, compartilhando suas experiências com nossos alunos. No experimento, por exemplo, de óleos essenciais, estes senhores conhecem muito sobre plantas, ervas e seu poder medicinal. Essas experiências eram compartilhadas com nossos alunos, que ao mesmo tempo que ensinavam sobre métodos industriais e de laboratório para extrair os componentes ativos, aprendiam sobre as plantas que contem estes princípios ativos”, enfatiza. “Essa troca de conhecimentos, adquiridos na academia e na experiência de vida, foi nossa maior gratificação em relação a essa ação”, conclui.