UNIFAL-MG promove seminário com membro do Conselho Nacional de Educação

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Evento foi realizado pelo Programa Permanente de Desenvolvimento Profissional e Formação Pedagógica

Como parte das atividades desenvolvidas pela equipe de Apoio Pedagógico, no Programa Permanente de Desenvolvimento Profissional e Formação Pedagógica (PRODOC) da Pró-Reitoria de Graduação, a Universidade Federal de Alfenas recebeu na tarde de ontem, 31/05/2012, o membro do Conselho Nacional de Educação, Prof. Paulo Monteiro Vieira Braga Barone, para ministrar o seminário: “As Diretrizes Nacionais curriculares e a mudança de paradigma curricular no ensino superior preconizado pela LDB de 96: Desafios e perspectivas para o futuro”.

Além das presenças de docentes da sede da UNIFAL-MG no Auditório Dr. João Leão de Faria, a palestra contou também com transmissão ao vivo via web, para professores dos campi de Poços de Caldas e Varginha.

Após as boas-vindas do vice-reitor, Prof. Edmêr Silvestre Pereira Júnior, e da pró-reitora de graduação, Profa. Lana Ermelinda da Silva dos Santos, o convidado abriu a palestra explicando o que é o Conselho Nacional de Educação, segundo o qual, apesar de algumas atribuições e do próprio nome terem sido reformulados ao longo dos anos, foi criado em 1911, a fim de contribuir para a política nacional com normas, assessoramento ao ministro da Educação, definição de diretrizes para os cursos de graduação, atuando em duas frentes: Câmara de Educação Básica e Câmara de Ensino Superior.

Entre questões sobre o funcionamento do sistema, como reconhecimento de curso, regras de pós-graduação, referenciais curriculares para os bacharelados interdisciplinares, consultas de normas, o Prof. Paulo Barone comentou que o Conselho também cumpre um papel regulatório. “Ele delibera sobre todos os credenciamentos de instituições do Brasil, em qualquer status institucional, de faculdade à universidade, incluindo centros universitários e o credenciamento para oferta de Educação a Distância; e também os processos relativos aos cursos superiores. As autorizações que são eventualmente negadas, os reconhecimentos que são negados ou que são receptivos, são encaminhados ao Conselho para que possa rever a decisão do Ministério da Educação”.

Introduzindo o tema, o conselheiro afirmou que acredita existir uma lacuna nas instituições que seria o comportamento em bloco. “As universidades funcionam, crescem, pela soma de fatores disjuntos. O primeiro desses fatores é o orçamento, que é variável e sazonal. Somos sustentados pelo orçamento que banca nossa força de trabalho", pontuou.

Sobre os outros fatores, o Prof. Barone destacou o conjunto de estímulos à produção intelectual e à carreira científica, relacionado a pequenos grupos de indivíduos, que proporciona valorização acadêmica e viabilização da atividade de produção intelectual. “São fatores muito fortes para o desenvolvimento das universidades públicas, mas não agregam institucionalmente; eles geram estímulos e respostas que são localizadas em pessoas. Faz uma falta enorme um sentido mais amplo para as universidades, e este sentido, tem que ser dado pela formação de estudantes”, considerou, ponderando a necessidade de profissionalizar a docência e entender o sentido da atividade.

Discutindo o que a Educação Superior tem de novo e para onde ela deve ir, o professor propôs uma reflexão contextual, levantando questões estratégicas que influenciam no desenvolvimento do país, como a economia que conforme sua explanação, deve ser ancorada no conhecimento, e também a necessidade de inovação para garantir competitividade, com o objetivo de haver inserção internacional autônoma.

Os participantes do seminário interagiram com o palestrante e também tiveram oportunidade de conhecer alguns caminhos que o professor apontou, para ajudar na formação de indivíduos que enfrentarão os novos desafios do mercado.

Perfil do Palestrante

Paulo Monteiro Vieira Braga Barone graduou-se em Física e Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Concluiu seu mestrado e doutorado em Física, pela Universidade Estadual de Campinas e, desde 1986, faz parte do corpo docente da UFJF. Em 2008, passou a integrar o Conselho Nacional de Educação, sendo atuante na gestão e avaliação educacionais, dentre outros temas da Educação Superior. O professor é também pesquisador na área de Física, especialista em Estrutura Eletrônica de Moléculas Bioativas e de Nanodispositivos.

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Por: Ana Carolina Araújo
Jornalista da Assessoria de Comunicação Social
Universidade Federal de Alfenas

Imagens campus Poços de Caldas: Amanda Rezende Costa Xavier