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Recentemente, diversas empresas têm aplicado um conceito chamado terceirização de multidões (crowdsourcing). Esta ideia geralmente é aplicada quando uma companhia possui um problema complexo e que até então não foi capaz de resolvê-lo. Neste contexto, a empresa explica detalhadamente o problema para a comunidade mundial, geralmente através de uma plataforma online, divulgando dados para que qualquer pessoa possa tentar criar soluções. Há atualmente uma plataforma online chamada Kaggle que centraliza quase meio milhão de pesquisadores, de diversas áreas, dispostos a tentar resolver tais problemas. Estes pesquisadores são atualmente chamados data scientists. Empresas e organizações como Wikipedia, Airbnb, Cern e Facebook já utilizaram a plataforma Kaggle para recrutar pesquisadores.
No mês de outubro de 2015, a empresa britânica Winston Capital publicou um desafio para a previsão de retorno de ações considerando, tanto previsões intraday (minuto a minuto), como também previsões diárias. Para a tentativa da previsão dos retornos, a empresa divulgou também 25 indicadores que os pesquisadores poderiam utilizar nesta tarefa. Neste contexto, 832 pessoas aceitaram o Desafio do Mercado de Ações da Winton Capital que tinha como objetivo a submissão de mais de 7 milhões de previsões. O campeonato terminou no dia 26 de janeiro de 2016.
Ao final da competição, o coordenador do curso de Ciência da Computação da UNIFAL-MG, Prof. Humberto Brandão, conquistou a 2ª colocação no ranking geral, se estabelecendo na região de premiação – a empresa Winton Capital premiará os 6 primeiros colocados no desafio.
O Prof. Humberto Brandão acredita que a repercussão do resultado da competição estimulará estudantes da Universidade Federal de Alfenas para a participação em novos desafios. Segundo ele, isso poderá tornar os futuros egressos mais atrativos para o mercado de trabalho, e também os colocará em evidência no mercado mundial. O professor também ressaltou a importância das disciplinas de Inteligência Artificial e Otimização (Pesquisa Operacional), destacando a relevância do conhecimento nas mesmas para problemas de difícil solução. “A realização de pesquisa aplicada com a utilização de dados reais e complexos é de fundamental importância para tentar aproximar o mercado da academia, pois ainda há nesta relação uma forte carência no Brasil”, afirmou o professor.
De acordo com o Prof. Humberto, sua participação neste campeonato soma com os recentes avanços científicos do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento (LP&D) por ele liderado.O pesquisador acredita que o conhecimento adquirido durante o desafio irá contribuir para inclusão de mais detalhes em futuros artigos, o que poderá auxiliar no avanço científico da área.
Atualmente, dentro da comunidade interdisciplinar com mais de 458.000 pesquisadores, o Prof. Humberto Brandão da UNIFAL-MG está classificado como o 118º melhor data scientist do mundo.
Informações: Roberto Dias de Alencar, secretário do Instituto de Ciências Exatas da UNIFAL-MG