Projeto de extensão socializa o conhecimento de ciência básica nas redes sociais

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Conheça a série de vídeos do “Tekokuaba” desenvolvido no campus Poços de Caldas

Promover o conhecimento da ciência básica em linguagem acessível para a comunidade nas redes sociais é o objetivo de um projeto de extensão desenvolvido pelo Instituto de Ciência e Tecnologia, do campus Poços de Caldas da UNIFAL-MG.

“Tekokuaba: em busca do constituinte fundamental” é o nome dado a uma série de vídeos curtos, de aproximadamente cinco minutos, produzidos com animações e disponibilizados no canal YouTube, que busca discutir, de forma acessível, como evoluiu e qual o cenário atual sobre os blocos fundamentais da matéria pelos quais todos nós somos formados. “Este projeto nasceu com intuito de levar a essência da Física de Partículas a todas as pessoas, sejam elas crianças, adolescentes, jovens e adultos de forma dinâmica e interativa, a fim de despertar o interesse na ciência contemporânea”, apresenta a equipe, formada por pesquisadores, alunos e técnico-administrativos da Universidade, sob a coordenação do professor Fernando Gonçalves Gardim, no canal.

“Nosso projeto é tupiniquim: tekokuaba, do tupi antigo, significa conhecimento das coisas”, conta o professor, que diz ser um grande diferencial deste trabalho a possibilidade de comunicar com os surdos, uma vez que além da narração em português, há também a tradução na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). “O projeto de tradução de termos de ciência moderna é algo muito complicado, pois não há sinais para muitos dos termos científicos, e estamos tendo que adaptar vários sinais para que estes correspondam exatamente ao conhecimento por detrás destes”, diz.

Conforme o professor, atualmente há três episódios lançados, de uma série de 12, os quais abordam a constituição mais fundamental da matéria. “Este conhecimento está relacionado com nossas buscas atuais na área de Física, mas que já vem sendo pensado desde a época pré-socrática. Para este fim, a humanidade, por meio de grandes colaborações internacionais, criou o maior experimento da Terra: o Grande Colisor de Hádrons”, explica.

O pesquisador enfatiza que além de disponibilizar os vídeos com linguagem não-técnica pela internet, a intenção é fazer com que esse material seja útil também para qualificar professores da educação básica e do ensino médio, para que possam dialogar com os estudantes. “O trabalho está no início, mas a recepção que estamos obtendo através das redes sociais é muito empolgante e encorajador, tanto que a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais acatou nossa solicitação de fomento para a realização”, conta.

ORIGEM DO PROJETO

De acordo com Prof. Fernando, norteado por ponderações como: “Vivemos em uma sociedade curiosamente dependente de ciência e tecnologia, na qual quase ninguém sabe coisa alguma sobre ciência e tecnologia" de Carl Sagan, e "Sou contra a educação como processo exclusivo de formação de uma elite, mantendo a grande maioria da população em estado de analfabetismo e ignorância” de Anísio Teixeira, nasceu a reflexão acerca de como um educador de 3º grau e pesquisador poderia contribuir para que problemas como esses diminuíssem. “Atualmente, falta um educar para esta visão do conhecer pelo conhecer, que no fim nos apresenta como libertador. Desta forma precisa-se passar informações acuradas para toda a sociedade sobre ciência básica, e ao mesmo tempo alcançar muitas pessoas, de todas as idades, credos, classes, raças etc., que vivem neste tempo”, enfatiza.

Explicando o alcance do projeto, o pesquisador ressalta: “A aplicabilidade deste projeto é imensa, tendo em vista que o conteúdo criado, desde a arte visual por animações em computador até a linguagem e a tradução para LIBRAS, propiciará um ambiente rico de informações científicas para que todos possam ver as sombras e sair da caverna.”

Acesse também a página do Tekokuaba no Facebook: https://www.facebook.com/tekokuaba/?fref=ts