Liga Acadêmica de Oncologia promove "Outubro Rosa - Prevenir é legal"

Acadêmicos da Liga Acadêmica de Oncologia da UNIFAL-MG (LAO/UNIFAL-MG), em parceria com a Associação de Mulheres da Vila Esperança - ASMUVE promoveram o evento "Outubro Rosa - Prevenir é legal" no dia 27/10, no prédio da Etec-Caic, no bairro Vila Esperança em Alfenas.

Na oportunidade, que contou com  a presença do coordenador da LAO - UNIFAL, Allen Lopes Petrini, médico oncologista da Santa Casa de Alfenas e servidor do curso de Medicina, os alunos do 2º e 4º períodos de Medicina que compõem a Liga Acadêmica de Oncologia, apresentaram uma palestra, na qual abordaram temas ligados ao câncer de mama - foco da saúde da mulher no mês de outubro.

Discorreu-se sobre o histórico do Outubro Rosa, mostrando que em 1983, no Texas (EUA), ocorreu a 1ª corrida em prol da luta contra o câncer de mama, sendo a ideia de Nancy Brinker (ativista cuja irmã Susan faleceu aos 36 anos, em 1980, em decorrência de um câncer de mama). Os acadêmicos explicaram que a ideia do laço cor de rosa foi lançada pela Fundação Susan G. Komen For the Cure, fundada por Nancy, sendo distribuído aos participantes da primeira corrida.

De lá para cá, essa Fundação tem inspirado a mobilização em diversos países e a primeira iniciativa vista no Brasil em relação ao Outubro Rosa, foi em São Paulo-SP, no dia 02 de outubro de 2002.

Foi frisado também que as campanhas que acontecem em Outubro servem para ressaltar a importância dos exames para prevenir esse tipo de câncer, mas é importante que a atenção das mulheres esteja voltada para esse problema o ano todo.

Alertou-se que é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, depois do de pele não melanoma, existindo vários tipos de câncer de mama e que é a causa mais frequente de morte por câncer entre as mulheres, no Brasil representando 15,2% do total de óbitos por câncer. As taxas de mortalidade continuam elevadas no Brasil, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados, sendo o número de mortes em 2013, no Brasil: 14.388, sendo 181 homens e 14.207 mulheres (dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM - do DATASUS). Os alunos ressaltaram também, para o fato de que o câncer de mama acomete homens, porém, é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.

Durante a palestra, os participantes souberam mais detalhes sobre os fatores de risco (idade, por exemplo, mas que não existe uma causa única), fatores ambientais e comportamentais (obesidade e sobrepeso após a menopausa, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica, exposição frequente a radiações ionizantes - Raios-X), fatores da história reprodutiva e hormonal (primeira menstruação antes de 12 anos, não ter tido filhos, primeira gravidez após os 30 anos, não ter amamentado, parar de menstruar após os 55 anos, uso de contraceptivos hormonais), fatores genéticos e hereditários (história familiar de câncer de ovário, vários casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos, história familiar de câncer de mama em homens, alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2).

Outro assunto abordado foi a importância da Mamografia de Rastreamento (radiografia das mamas, quando não há sinais nem sintomas) em mulheres de 50 a 69 anos, uma vez a cada dois anos, o que diminuiu cerca de 30% da mortalidade em mulheres acima dos 50 anos, depois de sete a nove anos de implementação de ações organizadas do exame.

A questão da prevenção também foi abordada, mostrando que esta não é totalmente possível, pois muitos fatores estão associados ao surgimento da doença, porém bastante coisa pode ser feita, de modo geral, no controle dos fatores de risco, no estímulo a fatores protetores (comportamentos, alimentação adequada, realização de atividades físicas, controle do consumo de bebidas alcoólicas), no autocuidado das mamas, enfim, atitudes que reduzem o risco de desenvolver câncer de mama em até 28%.

Ao final, o público teve a oportunidade ainda de sanar dúvidas com os alunos e com o oncologista, havendo também sorteio de um brinde e coffee break.

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Informações e fotos: Evelise Aline Soares, professora-coordenadora do curso de Medicina da UNIFAL-MG