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O projeto de extensão da UNIFAL-MG "Ritmos e elementos do Maracatu de Baque Virado" participou do evento "Não me dê flores: lute comigo - A PRIMAVERA CONTINUA", realizado na Praça Emílio da Silveira (praça da antiga rodoviária) em Alfenas, nesta terça-feira, 08/03.
Sob a coordenação do professor Walter Francisco Figueiredo Lowande do Instituto de Ciências Humanas e Letras, o projeto é executado pelo grupo Maracatu Muiraquitã da Universidade, criado em 2004, com a proposta de trabalhar junto às comunidades interna e externa da Instituição, os elementos rítmicos e não-rítmicos (história e origem, religiosidade, patrimônio e relevância cultural) do maracatu de baque virado - um folguedo de origem afro-brasileira característico de Pernambuco.
De acordo com o Prof. Walter, o objetivo de manter viva essa importante manifestação da cultura popular afro-brasileira, tem se mostrado bem-sucedido nas atividades já desenvolvidas na UNIFAL-MG, uma vez que no Brasil, como um todo, temas relacionados ainda enfrentam certa resistência. "Há, no país, uma grande dificuldade em relação a esse objetivo, tendo em vista o imenso preconceito ainda enfrentado e à resistência encontrada na aceitação de temas ainda tidos como polêmicos, como candomblé e religiões de matriz africana. Tais temas, que podem ser considerados atuais, ainda são pouco discutidos e, por isso, pouco conhecidos, em geral, pela população brasileira. Dessa forma, o intuito principal é levar essa discussão, de maneira dialógica, ao ambiente escolar, como forma de compreender a importância dessas manifestações culturais na constituição identitária do povo brasileiro", explica.
Para o coordenador, o desenvolvimento do projeto estimula ainda, a reflexão sobre a alteridade étnica, tendo como base a vitalização de uma manifestação de origem afro-brasileira dentro do âmbito acadêmico e da cidade de Alfenas. "A relevância deste projeto se justifica pela possibilidade de se ampliar e promover a integração entre a comunidade universitária e a comunidade local, além de oferecer aos estudantes e à comunidade externa uma atividade de lazer e de cultura, que desenvolve habilidades rítmicas e o espírito e sintonia coletivos. Essa atividade se mostra, portanto, como uma espécie de terapia, em que a rotina dos trabalhos e dos estudos é quebrada no rufar dos instrumentos e nos cantos. Para a comunidade de baixa renda, além da mesma função músico-terapêutica, é uma oportunidade de construção da autoestima social e de desenvolvimento de identidades", enfatiza.
O evento, realizado na praça em Alfenas, integra uma série de atividades que serão realizadas neste mês para debater o significado do que é ser mulher, a exemplo do que foi promovido no ano passado, quando algumas mulheres, estudantes e professoras da UNIFAL-MG, tanto organizadas quanto independentes, se reuniram para realizar uma semana das mulheres a fim de problematizar as questões que envolvem o gênero.
Com informações e fotos: Walter Francisco Figueiredo Lowande, professor do Instituto de Ciências Humanas e Letras, responsável pelo projeto de extensão "Ritmos e elementos do Maracatu de Baque Virado"