Rádio UFMG Educativa entrevista pesquisador da UNIFAL-MG sobre Nobel de Física

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Prof. Gustavo Valdiviesso explicou o mecanismo usado para identificar neutrinos

O Prêmio Nobel de Física de 2015 foi concedido a dois físicos pela descoberta de que os neutrinos, um tipo de partícula elementar, mudam de classe e possuem massa. Para repercutir o tema, a repórter Daniela Mansur da Rádio UFMG Educativa, entrevistou o professor de Física da UNIFAL-MG, Prof. Gustavo do Amaral Valdiviesso, do Instituto de Ciência e Tecnologia, campus Poços de Caldas, na quarta-feira, 07/10/2015.

Docente do Programa de Pós-Graduação em Física, Prof. Gustavo trabalha com neutrinos, que são uma das partículas fundamentais da matéria e uma das que menos sabemos a respeito.

Apresentando o tema da entrevista, Daniela Mansur, contextualizou: "O prêmio Nobel de Física deste ano foi concebido a dois pesquisadores, o canadense Arthur McDonald e o japonês Takaaki Kajita, eles descobriram que os neutrinos, uma das partículas que constitui o universo, apresentam massa e mudam de identidade, contrariando o que era estabelecido pelo modelo padrão da Física das partículas elementares. O professor Takaaki Kajita, da Universidade de Tóquio, no Japão, descobriu este fato observando os neutrinos provinientes na atmosfera terrestre, e o professor Arthur McDonald, da Queen's University, no Canadá, fez este experimento com os neutrinos provenientes do sol. Em entrevista a repórter da UFMG Educativa, o professor do Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal de Alfenas, Gustavo Valdiviesso, explica como foram realizados estes trabalhos".

Ao comentar as descobertas, o pesquisador da UNIFAL-MG explicou a respeito do mecanismo usado para detectar e identificar os neutrinos. "Um grande cilindro cheio de água, num lugar completamente escuro, cujas paredes são cobertas por sensores de luz. Basicamente é assim que todos os detectores de neutrinos são feitos até hoje. Esse mecanismo, fica ali esperando alguma partícula agir com a água e produzir um flash de luz, isto acontece com os neutrinos também, eventualmente, um deles interage com uma molécula de água e produz um elétron que emite um feixe de luz muito suave. Esses sensores no escuro total, captam esta luz, amplificam e a gente consegue identificar o neutrino que chegou ali", destacou.

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