Mais da metade dos
estudantes das universidades federais são das classes D e E Acesse
detalhes do levantamento do perfil dos discentes
Os números demonstram uma significativa
alteração no perfil dos estudantes, visto que se consideradas apenas as
regiões Norte e Nordeste, o percentual de estudantes com perfil no
Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) atinge 76,09% e 76,66%,
respectivamente. À época da primeira pesquisa, o total de estudantes com até
1,5 salário mínimo era de 44%, o que significa em um aumento de 50% de
estudantes com perfil PNAES. O levantamento contou com a
participação de 130 mil discentes de 62 universidades federais, totalizando
146 tabelas com informações que retratam uma mudança expressiva, sobretudo,
no que diz respeito à crescente utilização do Enem a partir de 2009, à adesão
das instituições federais ao Sisu, à vigência da Lei das Cotas, a partir de
2013, e também aos novos campi implantados na política de interiorização das
universidades federais. Outro elemento importante é a
renda per capita das famílias dos
graduandos por região do país. No Nordeste, eles têm renda de R$ 710,00 em
média. No Norte, R$ 716,00. No Sul, R$ 1.032,00. No Sudeste, R$ 1.050,00, e
no Centro-Oeste, R$ 1.132,00. Média de R$ 916,00 por discente. Sendo o 1,5
salário mínimo (R$ 1.086,00), em 2014, quando este estudo foi realizado, os
estudantes das universidades federais têm, em média, uma renda inferior ao
teto do PNAES. Destes, percebe-se que os estudantes com maior vulnerabilidade
são os da área de Ciências Biológicas, enquanto os estudantes das áreas de
Ciências Sociais Aplicadas e Engenharias, as maiores rendas. No quesito cor e raça, o relatório
evidencia o impacto que a adoção de ações afirmativas, por meio da reserva de
Em números absolutos, de 2003 a
2014, os brancos eram em torno de 278 mil nas universidades, hoje são 429
mil. Os autodeclarados pardos eram 132 mil e, atualmente são 354 mil. Já os
pretos que eram 27 mil, hoje são 92 mil, o que representa que o número de
negros nas universidades brasileiras triplicou, nos últimos anos. Durante entrevista coletiva,
realizada em Brasília, no dia 18/08, a presidente da Andifes, Profa. Ângela
Paiva Cruz (UFRN), afirmou que esta pesquisa contraria o argumento que as
instituições federais de ensino superior são redutos da elite brasileira. “É o fim do velho mito. As nossas
universidades hoje expressam melhor a composição social do país. A cara da
universidade está cada vez mais a cara da sociedade brasileira. Uma
universidade com maioria feminina e presença popular e negra”. A presidente disse ser
necessário o reforço de políticas para dar continuidade à democratização do
acesso e, sobretudo, garantias de assistência aos estudantes. Na ocasião, Profa. Ângela falou
que esses resultados de inclusão foram alcançados sem perda de qualidade. Por
exemplo, a evolução no quadro de professores das Universidades Federais. De
acordo com os indicadores, o percentual de professores doutores nas
universidades teve um incremento expressivo nos últimos anos. Isso gerou uma
ampliação também da pós-graduação. Mais
destaques da semana: |
Em dia com a UNIFAL-MG é uma publicação digital desenvolvida
pela Assessoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Alfenas,
atualizada periodicamente. Jornalista Responsável: Ana Carolina
Araújo | MTb-MG 09980 Caso queira cancelar o recebimento,
envie a palavra CANCELAR em Assunto para boletim.ascom@unifal-mg.edu.br. |